sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Textos Produzidos pelos professores - 2º encontro - etapa2

Poemas criados por nós, cursistas do GestarII, lembrados ao realizarmos a atividade 1 -d- unidade 22-TP6. Muuuito bom!!!!

Ficar...
Pra você o que é “ficar”?
Pra mim, ficar é “estar”.
Estar com alguém
De alguma forma
Em algum lugar.

Seja no trabalho
Com responsabilidade e alegria
Ou no lazer de cada dia

Com alguém a quem se ama
Verdadeiramente
E se dar de presente
Constantemente

Ficar é para o adolescente
Não ter compromisso
Talvez ser omisso
pois no coração
ninguém manda
ninguém conhece
E de repente
Alguém pode estar sofrendo
Por aquele que fica
Somente !!! ( Sônia Martins)



"Escrevo poesias quando os meus sentimentos transbordam em mim, assim preciso dividi-los com o papel. Minhas experiências com poesia foi na escola e na faculdade, mesmo tendo a consciência de não ser uma poetiza, sentia-me muito a vontade ao redigir uma poesia."

"Escrevo palavras soltas
Sem rimas fixas, sem regras
Deslizam sobre o papel sem nada dizer
Apenas junto sílabas, não defendo ideias
Minhas palavras seguem livres
Sem destino, sem destinatário
Minhas palavras são partes soltas dentro de mim,
Não se encaixam, não se prendem
Sou livre, assim como minhas palavras." (Ana Kelly Barbosa Cândido)



Lembranças...
Quando entrei aqui novamente
Veio você na mente
Que sensação estranha
Parece que o tempo não passou
Foi bom, melhor sentimento sentido.
Alegria, emoção, ansiedade, medo.
Tudo ao mesmo tempo...
Como é bom apaixonar-se
Como é bom gostar
Como é bom ser adolescente
Apaixonada, encantada, emocionada.
Eta tempo bom!
Tempo que não volta mais...
Não que não goste da vida hoje.
Sensações diferentes, amores diferentes
Vida diferente...
Maturidade, época boa
De repente descobri,
fui feliz e sou mais feliz ainda...
Ser mãe, ser esposa, ser amada!
Como é bom viver...
Eta vida boa! (Simone K. da Silveira Gomes)


Doa
A dor últimos. Dos únicos. Dos pávidos.
Dos incrédulos. Dos insepultos. Dos postes. Dos poetas.

Doa
a dor do vírus
do herbívoro no semi-árido
do sol(itário) do sertão
do solzinho de Julho, embrulhado na nuvem,
dele poente.
do dia do aniversário da gente
doa a dor do ciso,
ou de qualquer outro dente.

Doa
a dor do calo no pé
do galo na testa
de uma espada transpassando a aresta
do espírito
doa a dor-de-cabeça, a dor-da-benzetacil-na-bunda
a dor no dorso da corcunda,
a dor de ouvido
(quando entra palavra ou água com sabão)
doa a dor-de-cotovelo, a dor do joelho
ralado sem esparadrapo, no chão.

Doa
a dor do mar morto
do barco que volta sozinho ao porto
doa a dor do parto
ou ainda, a dor do parto
de um filho morto,
doa a dor do coito sem acato,
doa a dor do esperma escorrendo pelo ralo,
doa a dor do chute no saco,
e a dor do vazio no prato, (da terra estéril).

Doa a dor do inapto
Do inconcepto.
Do mentecapto.
De Júpter; vice-reinando a Via Láctea
(imenso e solitário)
Doa a dor do carrapato
sem animal no pasto.

Doa
a dor do pássaro sem asa.
a dor dos olhos do cego.
das pernas que não andam.
Do seio que ficou seco; do leite que virou pedra.
Dos que fingiram habtuar-se a andar nas trevas.
Dos entrevados, amputados e paraplégicos.
Dos epiléticos, leprosos, aidéticos.

Doa
a dor dos andarilhos.
Dos seus filhos. Dos peregrinos.
Dos meninos da Somália.
Da alma de Ismália, na lua espalhada.
dos homens das caverna e do subúrbio,
e de toda espécie extinguida ou alienada.

Doa
a dor da viúva no cio
Do frio batendo nos fios.
A dor do amor
E do amor de Diadorim (dorzinha-dorzim)
A dor do adeus dado.
E a dor do a-Deus-dado.

Doa
a dor da matéria: da mala; do pente; do fósforo;
do absorvente, do cadarço desamarrado.
Do criado-mudo; do armário;
e de tudo que é inanimado
Doa a dor

Doa
a dor do que existe vago,
como o h, mais que letra um sopro,
sem fonema, sem gosto, sem gasto.
Doa a dor do b mudo,
ou do a sem agudo ou descraseado,
em si, solto, átono como um átomo
isolado no espaço.

Doa
a dor do espaço
sem saco (o cosmo sem beira)
Doa a dor do tempo sem cerca
do que nunca finda, etceteriza...
(Ah como me dói as eternidades). (Nathanaela Felícia Borges)


A vida na fazenda
A vida na fazenda é legal
Pescar e ver os porcos no curral
Deitar e brincar com coelho
E sentir o bom cheiro

O frango fritando na panela
E ver os pássaros na janela
Ver as nuvens lá no céu
Comer bolo e pão de mel.

Tomar leite da vaquinha
Almoçar: frango, arroz, feijão e farinha.
Ouvir músicas falando do sertão
E tomar banho de ribeirão.
E tirar uma foto de recordação. (Ângela Aparecida Santos Gonzaga)

E não é que além de poetas, também temos professores cronistas...

O sapo teimoso. (Marcos Antônio da Silva)

Depois de ter chegado do trabalho e após ter almoçado, resolvi como de costume tirar um cochilo para descansar e enfrentar o segundo turno de trabalho logo mais à noite. O tempo estava fechado e logo começou a chover e ventar balançando a janela do quarto em que havia deitado. Soprava até um ar gostoso, refrescando todo o ambiente, pois a manhã tinha sido muito quente e dificultava a minha soneca vespertina.
Ao começar a dormir lembrei-me de que o vaso de coqueiro que minha mãe me dera para enfeitar a garagem, o coitado, estava todo seco e como já estava chuviscando resolvi levantar e pegá-lo para tomar um banho de chuva e recuperar sua viçosidade no jardim. Foi quando me depararei com o sapo. Isso mesmo, o sapo que morava no cano da casa do vizinho e que passa dentro do meu lote e deságua lá na rua. Toda vez que chove ou o cano enche d’água, quando eles lavam o quintal, o asqueroso sapo sai e pula para dentro do terreno de minha casa adentrando pelo portão da garagem. E foi isso que tinha acontecido na noite anterior quando cheguei do trabalho com minha esposa e ela ao abrir o portão deu um grito de pavor ao ver o bichinho.
Ele vinha saltitando como de costume, e nem precisaria falar nisso pois ele anda é assim mesmo, em direção ao portão. Larguei o coqueiro que carregava e ataquei-o com os chinelos que tirei dos pés e ele logo tomou outra direção. Voltei para dentro de casa e novamente deitei-me, mas quando estava quase pegando no sono imaginei que o anfíbio rugoso deveria ter ido em direção ao portão social e debaixo de chuva fui correndo conferir. E não é que o danado estava lá! Nojento e sonolento, estava num canto com a boca encostada na parede escondendo da chuva. Fiquei admirado com a sua esperteza e ao mesmo tempo indignado por ele ter escolhido minha casa. Voltei para dentro de casa e na cozinha fui buscar um punhado de sal. Mas peguei só um pouquinho porque a cultura popular diz que ao jogar no sapo ele fica incomodado com a ardência que o cloreto provoca e logo procura água para se banhar. Dizem também que conforme a quantidade que lhe é atirada pode até morrer. E com um pouco de peso na consciência joguei no bicho e voltei para dentro de casa imaginando o que poderia acontecer. E novamente me deitei na esperança de descansar um pouco.
Acontece que ao lado do portão social existem aberturas feitas por pilastras que dão para o quintal e fiquei imaginando qual seria o trajeto do sapo, se ele poderia voltar para o seu esgoto ou entraria pelas aberturas referidas. Como já tivera acertado anteriormente sua rota, com certeza meu raciocínio estaria certo novamente e outra vez fui até lá conferir o que tinha acontecido. E não é que eu estava certo! O danado tinha passado pela abertura e estava a um canto do jardim, todo esborrachado cochilando.
Fiquei irritado com aquela teimosia do sapo e dessa vez nem pensei na quantidade de sal e o que poderia acontecer com ele. Busquei uma quantidade maior e, de raiva por ele atrapalhar meu descanso, joguei logo no seu dorso e fiquei observando pela janela. Dois segundos depois o sapo começou a se coçar, passando os pés pelas costas e fazendo aquele barulho de couro enrugado sendo raspado, como se fosse uma bola murcha. E saiu dando cambalhotas descendo a escada com uma velocidade incrível. Eu não sabia se ria com aquela cena hilária ou tinha pena do que poderia acontecer com suas costas. Mas acabei imaginando se as minhas fossem sensíveis assim; como faria para coçá-las se só me restassem os pés? Difícil não é? Então pensei naquele ditado cristão que diz: “Não faça aos outros aquilo que não queres que te façam” e os outros, nesse caso, podem ser também os animais.
Acabou vencendo o espírito cristão. Corri até a cozinha, enchi um copo d’água e atirei no seu corpo para livrá-lo do sofrimento. E ele ficou dormindo ali mesmo, dentro do quintal, e eu que queria tanto cochilar tive que me contentar com sua resistência e voltar para o trabalho.(Outubro de 2009)

Segundo encontro - etapa 2 TP6

Nesta semana, terminamos o estudo da unidade 21 – TP6, desenvolvemos a atividade 14 – pág.38, ressaltando o quanto é importante, na construção do texto argumentativo, que todos os argumentos conduzam ao mesmo objetivo e produzam efeitos desejados no interlocutor. Fechamos a unidade com a leitura e reflexão do “Ampliando nossas referências”. Estudamos a unidade 22 que é muito clara quanto a importância do planejamento na produção textual. Fizemos um estudo relacionado às Oficinas de Leitura e Produção de textos que concretizam na prática, as teorias linguísticas que enfocam o homem em processo de interação pela linguagem, uma vez que, nelas, os sujeitos aprendem a fazer, fazendo e entendendo como e por que fazem. Analisamos os passos a seguir nesse processo de ensino-aprendizagem e vimos mais uma vez a importância das sequências didáticas na construção do conhecimento. Realizamos a atividade 1 da unidade22, que me fez lembrar de um poema que havia escrito em determinada época, do qual não me lembrava mais. Outros cursistas falaram também de suas experiências pessoais na produção de poesias. Descreverei na postagem das atividades-oficinas alguns poemas. Finalizamos nosso encontro com algumas sugestões de atividades da AAA6 e como tarefa, a lição de casa 1 da TP6 e estudo da unidade 23. Na próxima semana não teremos o encontro presencial, pois dia 15 de setembro, terça-feira, é dia da Padroeira de Pará de Minas e será feriado municipal.

Trabalho em grupo






Esta atividade foi realizada com os alunos do 6ºano, na escola Municipal D. Cotinha, no dia 19 de junho. Estávamos estudando os gêneros textuais e sequências tipológicas, especialmente o texto injuntivo. Os alunos adoraram a atividade, se interessaram e cooperaram com seus colegas. A aula foi divertida, proveitosa e dinâmica. Professora Luciana Brandão Leal